
Para conseguir um empréstimo, o CPF precisa estar positivo, mas sair dos birôs de crédito não é garantia imediata de conseguir um financiamento
Estar com o CPF negativado é algo comum no Brasil. Segundo o Mapa da Inadimplência de março de 2022, produzido pela Serasa, mais de 65,69 milhões de consumidores estão inadimplentes. No entanto, o consumidor tem interesse por acordos para resolver o problema: segundo o mesmo relatório, o Serasa Limpa Nome concedeu mais de R$ 6,72 bilhões de descontos em dívidas no mês.
Um dos interesses de quem deseja positivar o CPF é conseguir um financiamento imobiliário. Mas isso não é algo automático, ou seja, o consumidor não conseguirá esse benefício logo depois de tirar seu nome dos birôs de crédito.
Entenda como funciona o procedimento para conseguir um financiamento imobiliário após limpar o nome.
O que é preciso para conseguir um financiamento imobiliário?
Além de anotar dívidas, os birôs trabalham com o score de crédito — uma pontuação que indica o comportamento de consumo de um indivíduo. Quanto melhor for a pontuação — que vai de zero a mil —, mais chances o consumidor tem de conseguir um financiamento imobiliário, empréstimos e outros tipos de crédito.
Então, como ter uma pontuação melhor? Veja algumas dicas:
Tenha uma renda
A empresa credora ou banco precisa ter uma garantia de que o pagamento será feito. Portanto, é preciso ter uma renda mensal, mas não necessariamente fixa. Freelancers, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e empreendedores podem fazer um financiamento imobiliário, mas precisam ter como comprovar um pagamento mensal. Resumindo: independentemente da renda, é preciso ter como comprová-la.
Outro aspecto importante é que o comprovante de renda mostra o tamanho do financiamento concedido. Uma empresa não pode conceder um valor que comprometa mais de 30% da renda mensal.
Mantenha uma conta no banco
Além de comprovantes de renda, é preciso ter uma conta no banco para que a empresa possa avaliar sua movimentação bancária. Se o profissional for autônomo e receber todos os pagamentos em dinheiro físico, não conseguirá um financiamento imobiliário.
Faça acordos
O acordo pode ser feito tanto com a empresa credora quanto com um birô de crédito — é só criar um perfil no Serasa, por exemplo, e avaliar se há alguma oportunidade de acordo. Outra alternativa é entrar no site da empresa e mostrar sua predisposição em fazer um acordo.
Alguns negócios passam sua dívida para uma empresa especializada em negociação de débitos. No entanto, é preciso confirmar se um estabelecimento realmente representa o outro para não cair em golpes.
Pague em dia
Contas pagas em dia indicam que o consumidor tem um compromisso com suas dívidas. Essa constância no pagamento faz com que a pontuação no score de crédito aumente.
Para facilitar esse pagamento, tente colocar o máximo possível das contas no débito automático — as de cartão de crédito e de celular, por exemplo, são mais fáceis de fazer essa estratégia. Dá para programar para que a empresa faça esse desconto logo que cair o salário.
Pague o valor total da fatura
Quando a conta do cartão vem muito alta, a tentação de pagar o mínimo é grande. A escolha é válida — aliás, isso é muito melhor do que adiar o pagamento. No entanto, essa ação compromete o score de crédito. O ideal é sempre pagar a fatura inteira até o dia do vencimento.
Declare o Imposto de Renda
A Declaração do Imposto de Renda é um dos documentos mais importantes para comprovação da renda. O consumidor que precisa declarar é aquele que recebeu mais de R$ 28.559,70 no ano anterior (média de R$ 2.379,97 por mês).
Depois de limpar o nome, quanto tempo é preciso esperar para tentar um financiamento imobiliário?
O ideal é esperar seis meses, pelo menos. Com esse tempo, o score de crédito pode aumentar com mais folga. Além disso, a empresa pode analisar com mais precisão o comportamento do consumidor, vendo se há uma constância dos pagamentos em dia ou em atraso nos débitos.
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